Heroico sacerdote entre as chamas de Notre Dame

 

 

Heroico sacerdote entre as chamas de Notre Dame  

Luis Dufaur

 

O Pe. Jean Marc Fournier é capelão-chefe dos bombeiros de Paris. Ele foi formado na Fraternidade Sacerdotal São Pedro e também foi capelão das tropas francesas em ação no Afeganistão. 

Os bombeiros na França estão na área militar e por isso quando passou a se desempenhar como capelão deles, também passou canonicamente da Fraternidade São Pedro à jurisdição militar.

Ele se encontrava de plantão no momento que estourou a alarme pelo incêndio de Notre Dame e acorreu com os bombeiros para cumprir seus deveres sacerdotais para com os socorristas e eventuais vítimas.

Mas ele discernia que a principal vítima do fogo poderia ser o próprio Jesus Cristo presente verdadeiramente no Ssmo Sacramento. E, em graus diversos menores nas preciosas relíquias custodiadas na catedral de Paris. 

Nesta nossa época de tanto indiferentismo e relativismo, e até ateísmo, a Divina Vítima corria o risco de ser esquecida até pelos seus custódios naturais que são as autoridades eclesiásticas da catedral presididas pelo Cardeal arcebispo de Paris. 

Ninguém tinha feito qualquer coisa por Ele.

O que fazer à vista da ferocidade do incêndio? O Pe. Fournier revelou uma coragem inspirada pela Fé que superou todos seus atos sacerdotais no Afeganistão entre as tropas que combatiam os fanáticos islâmicos.

Ele contou tudo à TV católica francesa KTO. Ouçamos seu próprio relato:

“Eu era o capelão de plantão esse 15 de abril quando um incêndio extraordinário aconteceu em Notre Dame, a catedral de Paris (…) eu fui convocado.

“Logo que eu cheguei, me pareceu que devia cumprir duas coisas essenciais.

“A primeira era salvar esse tesouro inestimável que é a Coroa de Espinhos e, imediatamente, com certeza, Jesus presente no Santíssimo Sacramento.

“Entrando na catedral, verificamos que havia sido pouco invadida pela fumaça e não estava quente.

“Logo tivemos uma espécie de visão do que pode ser o inferno. Quer dizer cascatas de fogo que caiam precisamente das aberturas provocadas pela queda da agulha e também por diferentes buracos no coro dos cônegos”.

“Fui acompanhado por um oficial graduado. A dificuldade para nós foi encontrar o responsável pelo código para abrir a caixa forte onde está a santa relíquia.

“Isso levou um certo tempo e durante a procura do código, uma equipe de bombeiros começou a trabalhar visando salvar a relíquia.

“Quer dizer, foram por cima do cofre pulverizando-o.

“Voltamos assim que achamos as chaves, mas quando chegamos quase simultaneamente os bombeiros já haviam tirando a relíquia e a tinham resguardado e entregue à proteção dos responsáveis, quer dizer, da polícia.

“Todo mundo compreende bem que a Santa Coroa é uma relíquia absolutamente única e extraordinária. 

“E, o Santíssimo Sacramento é Nosso Senhor presente realmente em Corpo, Alma, Humanidade e Divindade. 

“O Sr compreende que é delicado ver morrer nas chamas alguém que a gente ama. 

“Acompanhando frequentemente os bombeiros eu vejo muito as vítimas dos incêndios e eu conheço os efeitos.

“Eis porque eu queria preservar absolutamente Nosso Senhor Jesus Cristo presente realmente. (…) 

“Os bombeiros estavam presentes com 18 carros lançadores atacando o fogo. Nós chegamos a ser 600 bombeiros (…) para acabar com esse fogo que alguns não hesitam em qualificar de ‘incêndio do século’. (…)

“Eu tirei o Ssmo Sacramento no momento em que o fogo ia pegar na Torre Norte ameaçando arruiná-lo. 

“Eu não queria tirar sem solenidade o Ssmo. Sacramento. Então, eu aproveitei para fazer uma bênção do Ssmo. Sacramento.

“Nessa hora eu estava sozinho na catedral nesse ambiente de chamas, de fogo, de coisas que caiam desde o forro.

“Fazendo essa bênção eu implorei a Jesus que nos ajude a preservar sua residência. 

“Eu acredito que Ele me ouviu e a manobra do general [chefe de operações dos bombeiros] foi tão brilhante, que pelas duas coisas deu-se não só que o fogo se deteve, mas que a Torre Norte foi preservada.

“E preservando a Torre Norte foi também salva a Torre Sul.

“Nós iniciamos a Quaresma impondo as Cinzas e dizendo “Lembra-te, ó homem, que tu és pó e em pó hás de tornar”.

“Pois bem, foi uma Quaresma em miniatura, a catedral estava no ponto de voltar a ser pó não para desaparecer completamente.

“Mas, para voltar e renascer mais bela e mais forte após a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, da mesma maneira que os cristãos”.

 

Vídeo: fala sacerdote herói entre as chamas de Notre Dame (francês)

https://www.youtube.com/watch?v=ULpcmCCMNTc

 

 

O tesouro das indulgências

O tesouro das indulgências

Sergio Bertoli

Meia hora de visita ao SS. Sacramento

Para um católico seriamente praticante, que conhece pelo menos os pontos básicos do Catecismo, a Santa Igreja é de uma beleza incomparável. Seus tesouros espirituais, descobertos a cada dia, são sempre motivo de encantamento, alegria e admiração.

Para os não católicos ou os indiferentes à Igreja, mas principalmente para aqueles que lhe têm um ódio profundo, qualquer pequena calúnia levantada contra Ela ou o mau procedimento de algum de seus filhos é pretexto para arroubos de indignação e deblateração.É o que sucede, por exemplo, com a doutrina sobre as indulgências.

Quanta calúnia se levantou contra a Igreja a propósito do famigerado heresiarca Lutero, com sua revolta baseada em uma suposta “venda da salvação eterna pelas indulgências”! Quanta invenção, mentira, superficialidade e ignorância histórica!

Rezar um terço em família, em Grupo, ou com algum amigo

Dedicando-me à formação religiosa de adolescentes, tenho observado uma atenção e um interesse especial deles pelo assunto, o que me levou muitas vezes a orientá-los. Recentemente fui convidado a expor a doutrina sobre as indulgências para pessoas já bem longe da adolescência, conhecedores da doutrina católica e com décadas na prática séria da religião.

Para surpresa minha, o interesse dos componentes desse público era igual ou até maior que o dos jovens, mas observei também, da parte deles, um conhecimento insuficiente e não aprofundado sobre a matéria, que os leva a não aproveitar esta riqueza incomparável da Igreja.

A grande Santa Teresa d’Ávila teve uma visão de Nosso Senhor, durante a qual ela viu no Céu uma religiosa de sua Ordem que era pouco fervorosa. Espantada, quis saber por que a mesma se livrou tão rapidamente do Purgatório. O Divino Redentor então lhe respondeu: “Ela soube aproveitar bem as indulgências que a Santa Igreja lhe concedia”.

Ler durante meia hora um dos livros da Bíblia Sagrada

Explicarei do modo mais sucinto e didático possível como um católico pode obter facilmente uma indulgência plenária, e também como ele pode ir diretamente para o Céu sem passar pelo Purgatório, bastando rezar algumas orações durante a vida.

Nada disso é impossível aos católicos que têm uma vida de piedade normal. Não se requerem méritos nem “truques” pessoais, pois os benefícios advindos das indulgências nos são fornecidos pelos méritos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Virgem Santíssima e dos santos.

Ensinar o Catecismo durante meia hora

Tudo está claramente definido no Manual das Indulgências, documento oficial da Santa Igreja, do qual colhi as condições, normas e vantagens para a obtenção durante a vida da remissão das próprias penas, bem como as vantagens decorrentes, como exponho a seguir.

A remissão das penas temporais devidas aos pecados já perdoados pode ser obtida de várias maneiras: por atos de penitência voluntária, jejuns, sofrimentos no Purgatório, ou através das indulgências.

São seis as condições para se receber uma indulgência plenária:

1 – Ter a intenção de recebê-la. Pode ser uma intenção genérica, enunciada no começo do dia, uma vez por semana ou até uma vez por mês.

2 – Confessar-se. Uma única confissão vale para muitas indulgências plenárias.

3 – Comungar. Uma comunhão vale apenas para uma indulgência plenária.

4 – Rezar pelas intenções do Santo Padre. Pode ser um Padre-Nosso e uma Ave- Maria.

5 – Não ter apego ao pecado, mesmo venial. Isto não significa a exigência de a pessoa não cometer pecado, mas sim de não ter apego a ele e desejar abandoná-lo.

Assistir a uma Primeira Comunhão

6 – Execução da obra. Dou cinco exemplos de atos fáceis de serem realizados:

a) Meia hora de visita ao Santíssimo Sacramento.

b) Rezar um terço em família, em grupo, ou com algum amigo.

c) Ler durante meia hora um dos livros da Bíblia Sagrada.

d) Ensinar o Catecismo durante meia hora.

e) Assistir a uma Primeira Comunhão.

Além de ganhar uma indulgência plenária todos os dias, o fiel que ao longo de sua vida rezar — uma vez por semana, por exemplo — uma oração (a Alma de Cristo ou qualquer outra) fazendo uso de um crucifixo, receberá uma indulgência plenária no momento de sua morte.

Uma dádiva como esta constitui uma verdadeira misericórdia de Deus, desde que queiramos e nos esforcemos para viver na Sua amizade. Ela nos induz a abandonar o pecado e nos livra dos pesos de consciência que sempre acompanham o estado de pecado grave.

Aproveitemos todas as indulgências que nos são concedidas para o nosso proveito, o bem das almas e as necessidades da Santa Igreja, mas principalmente para a maior glória de Deus Nosso Senhor.

Revista Catolicismo no. 805 janeiro de 2018.

http://catolicismo.com.br/Acervo/Num/0805/p14-15.html

 

2 comentários para O tesouro das indulgências

NEREU AUGUSTO TADEU DE GANTER PEPLOWResponder

11 de Janeiro de 2018 à 21:33

Possam até ver como desproporcional a comparação que vou fazer agora, em razão do artigo em questão: neste perturbador mundo em que vivemos atualmente, penso que deve ter sido mais fácil ter vivido no século XIII, estar vestido com uma armadura de ferro, montado em um poderoso corcel e brandindo uma espada enorme para lá e para cá, cortando cabeças de muçulmanos e furando suas barrigas, até ser atingido por alguma flecha e morrer no meio da batalha…. como é difícil, hoje em dia, lutar contra o mundo e praticar a simplicidade exigida para se obter a indulgência plenária…. que Nossa Senhora sorria para mim de uma vez, me mostre logo o caminho e me dê forças excepcionais….

Frederico HosananResponder

12 de Janeiro de 2018 à 12:18

Que coisa impressionante esse da indulgência plenária! Não sabia que nossa igreja católica concedia um meio tão grande como esse para nossa salvação. Um católico que pratique esse ensinamento se salva infalivelmente. E tão simples de praticar! Basta ter o desejo de querer receber a indulgência, Confessar, comungar, rezar duas orações na intenção do papa, rejeitar o pecado e não querer pecar e pronto, se beneficia da indulgência. Como é que não se ensina isso, meu Deus! Tenho 60 anos e nunca ouvi um padre falar isso num sermão ou em qualquer outro lugar. Seria muito bom se o autor escrevesse mais sobre o que é uma indulgência para quem não conheça bem o que é.

Estampa do “Senhor dos Milagres” intacta após 10 dias sob a água

Estampa do “Senhor dos Milagres” intacta após 10 dias sob a água

Senhor dos Milagres, quadro original levado em procissão em Lima.

Plinio Solimeo, 

Blog da Família 

No dia 27 de março deste ano, em consequência das chuvas torrenciais que caíram sobre o Peru, o Rio Piura transbordou e inundou parte da cidade do mesmo nome. Entre os edifícios afetados, estava a agência local do Banco de Crédito do Peru (BCP).

A água atingiu 50 cm de altura no andar térreo, inundando o seu porão.

Nele se encontrava emoldurada uma estampa em cartão do Senhor dos Milagres, piedosa invocação muito venerada no país andino, que ficou durante dez dias sob a água e o lodo, e foi depois encontrada intacta.

Carlos Miano Plaza, gerente regional do BCP em Piura, afirma que o porão do banco se encontra a mais de quatro metros sob o andar térreo, pelo que ficou totalmente inundado de água e de lodo do rio.

Atesta ele que, durante cinco dias, procuraram evacuar a água das áreas inundadas.
Depois tiveram de remover os escombros e os móveis que haviam se deslocado com a água, juntamente com uma grande quantidade de documentação, artigos de escritório etc., “que, pelo tempo decorrido, estavam em sua grande maioria destruídos ou seriamente danificados”.

“Sucedeu então que, duas semanas depois, na terça feira, 11 de abril, véspera da Semana Santa deste ano, os trabalhadores do banco desceram ao porão e encontraram o quadro do Senhor dos Milagres ‘molhado e com barro’”.

Diz ele que, “depois de limpar a imagem, que é de papelão, esta se encontrava intacta, apesar de ter estado tantos dias debaixo da água e do lodo, e não estar protegida nem sequer por um vidro, embora em sua moldura de madeira se possa evidenciar o desgaste produzido pelo sucedido”.

Diante desse fato tão singular, a gerente do banco pediu ao setor de Imagem e Cultura do BCP que “nos conceda uma verba para confeccionar uma urna de vidro, para preservar a imagem com sua moldura original, tal qual ficou depois do desastre”.

A imagem em papel do Senhor dos Milagres que saiu ilesa após 10 dias sob a água.
Foto do arcebispado de Piura, tirada no porão que fora inundado.

Acrescenta que a estampa “fora comprada em 2014, com a finalidade de iniciar uma peregrinação pelas diferentes agências do Banco de Crédito de Piura, peregrinação essa que se tem mantido constante desde essa data e que, ano a ano, culmina com uma grande homenagem ao Senhor dos Milagres, que passa em procissão em frente de nossa sucursal de Piura”.

Isso mostra a fé do povo peruano. Já imaginaram um banco aqui no Brasil organizar uma peregrinação de alguma imagem religiosa por todas suas agências, a qual culminasse com uma procissão?

Como era natural, também se pronunciou sobre tão portentoso sucesso o arcebispo da cidade, que expressou seu empenho para que “todos os que estiveram envolvidos neste fato prodigioso documentem o seu testemunho para a posteridade, porque no final passarão as gerações, passaremos todos, o banco seguirá, mas ficará esta crônica”.

A imagem resgatada milagrosamente intacta.
O marco está danificado. Foto do arcebispado de Piura

O “Senhor dos Milagres” é uma devoção de tal modo popular no Peru, que sua procissão em 28 de outubro pelas ruas de Lima uma das maiores do mundo.

Segundo a tradição, trata-se de uma representação de Jesus Crucificado pintada numa parede de adobe por um escravo vindo da Angola e que se encontra atualmente no santuário das “Nazarenas” em Lima.

Essa pintura se tornou muito venerada depois de um terremoto ocorrido no dia 20 de outubro de 1687, o qual, segundo cronistas da época, durou quinze minutos e arrasou Lima e a vizinha cidade de Callao.

O tremor se repetiu duas horas depois, danificando a ermida onde a pintura se encontrava. Entretanto, para surpresa geral, a parede onde ela estava, que havia ruído, se recompôs milagrosamente.

Testemunhando o milagre, um devoto do piedoso quadro, Sebastião de Antuñano, mandou fazer uma réplica do mesmo, a qual saiu então pela primeira vez em procissão pelas ruas da cidade.

O fato se repetiu outras vezes, quase sempre depois de algum tremor de terra.

Em reconhecimento pela constante proteção do Senhor dos Milagres durante esses terremotos na capital e na região, o Cabido de Lima, por sugestão de Antuñano e de outros devotos, declarou o venerando Cristo “Patrono jurado pela Cidade dos Reis [antigo nome de Lima] contra os tremores que assolam a Terra”, oficializando assim esse culto também entre os habitantes de Lima.

Mais tarde, junto à capela onde se venerava o Senhor dos Milagres, foi fundado o convento das “Nazarenas”, as quais se vestiam de roxo por devoção a Cristo Nazareno.

A instituição da festa recebeu em 1727 a aprovação do Papa Bento XIII, do Rei da Espanha Felipe V, estendendo-se também para a transformação do convento em mosteiro de clausura agregado à Ordem das Carmelitas Descalças.

Lima sofreu em 1746 o mais destruidor terremoto de sua história.

Como foi o alagamento. A imagem estava num porão do banco BCP,
prédio branco à esquerda da foto

No entanto, a parede em que estava o Senhor dos Milagres permaneceu em pé.

Quando uma réplica de sua veneranda imagem saiu em procissão pelas ruas da cidade, a terra parou de tremer.

Isso fez crescer sua devoção e levou à construção de uma igreja no local da capela original.

VEJA A PÁGINA IMAGENS INTACTAS NAS CATÁSTROFES  https://luzesdeesperanca.blogspot.com.br/p/nossa-senhora-intacta-nas-catastrofes.html

https://www.youtube.com/watch?time_continue=11&v=Orr8YvaP9qs

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Fontes consultadas:

https://www.aciprensa.com/noticias/imagen-de-carton-del-senor-de-los-milagros-resistio-intacta-10-dias-bajo-el-agua-59025?utm_source=boletin&utm_medium=email&utm_campaign=noticias_del_dia

https://es.wikipedia.org/wiki/Se%C3%B1or_de_los_Milagros_(Lima)

 

 

Fátima e o Imaculado Coração de Maria

Segundo o calendário tradicional, a festa do Imaculado Coração de Maria é comemorada no dia 22 deste mês. A propósito desta celebração e do Centenário de Fátima, segue um comentário feito por Plinio Corrêa de Oliveira em conferência no dia 5-6-94.

Plínio Correa de Oliveira

Considero uma das partes culminantes das aparições de Fátima as palavras de Nossa Senhora sobre a devoção ao seu Imaculado Coração, ao prometer formalmente o Céu a quem praticá-la. Isso está dito de modo formal na segunda aparição [de 13 de junho de 1917]:

“[Deus] quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração. A quem a abraçar, prometo a salvação; e serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono”.

Trata-se de uma promessa categórica feita a Lúcia, Jacinta e Francisco, mas também à humanidade inteira, a nós, a todos aqueles que ao longo dos anos tomassem conhecimento da Mensagem de Fátima: quem abraçar a devoção ao Imaculado Coração Maria, tem a promessa de salvação.

 

Onde quer que essa mensagem ecoe pela Terra, a promessa está feita. Feita, por exemplo, nesse momento, mais uma vez, a todos que estão tomando conhecimento dela. Que alegria e que júbilo seria se recebêssemos essa promessa sozinhos trancados num quarto. Porém, de modo ainda mais solene, ela é feita publicamente aos filhos de Nossa Senhora.

Mas então, corramos! Vamos desde logo dizer que aceitamos! Ela é quem promete: Se fizerem, Eu darei. Se não fizerem, não quer dizer que Eu não vos quererei; entretanto, mais vos quererei se fizerdes uso, se fordes sequiosos em aproveitar esta promessa do meu Imaculado Coração. Vinde!

Ficaremos indiferentes?! Tantas pessoas tomam atitudes de indiferença a promessas magníficas. Por exemplo, a promessa do Sagrado Coração de Jesus das nove primeiras sextas-feiras do mês; a promessa da Comunhão de reparação dos cinco primeiros sábados; a promessa do escapulário do Carmo, de ser retirado do fogo do Purgatório no primeiro sábado do mês; promessas nas quais Nossa Senhora parece que se empenha em multiplicar os meios de nos atrair para o Céu.

Mas há uma coisa qualquer maldita no homem contemporâneo, pela qual diante das promessas mais magníficas ele se interessa menos do que por uma apólice de um seguro de saúde…

Notem que linda comparação fez a Santíssima Virgem na referida aparição em Fátima: Quem abraçar a devoção ao Imaculado Coração, além da promessa de salvação, “serão queridas de Deus estas almas, como flores postas por Mim a adornar o seu trono”.

As almas que atenderem, Ela colocará no Céu junto ao trono de Deus, como uma senhora deposita flores no altar junto ao próprio Santíssimo Sacramento. É uma beleza imaginar nossa alma colocada como uma flor junto a Deus no Céu. Haverá algo comparável a isso? Mas as pessoas ouvem falar disso e passam indiferentes.

Plinio Corrêa de Oliveira – Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

ESPORTE E RELIGIÃO

 

19 DE AGOSTO DE 2016

ESPORTE E RELIGIÃO

NESSES DIAS DE OLIMPÍADAS, TRATEMOS DE ATLETAS AMERICANOS FAMOSOS QUE NÃO SE ENVERGONHAM DE SUA FÉ 

Plinio Maria Solimeo

No Brasil, uma das maiores nações católicas da Terra, é crença quase geral de que no mundo do esporte não cabe religião. Por isso, aqui, praticamente nenhum esportista famoso faz alarde de sua fé.

Nos Estados Unidos, o país da modernidade, onde — como veremos — muitos grandes nomes do esporte não se envergonham de falar em público e de modo categórico sobre sua fé. Vamos dar alguns exemplos, todos de católicos, nos quais surpreende constatar seus conhecimentos religiosos e o modo desassombrado com que praticam sua fé.

1 — John Harbaugh [FOTO], 51 anos, ex-jogador e agora treinador de futebol americano, é o técnico da equipe Baltimore Ravens (Corvos de Baltimore), da Liga Nacional de Futebol Americano. Seu clube foi o vencedor da Super Bowl de 2013 — o maior prêmio da Liga de profissionais, concedido à melhor equipe do ano. John teve como adversário nessa decisão seu irmão Jim, também católico, dirigindo os “San Francisco 49ers”.
Membro dos Catholic Athlets for Christ (Desportistas Católicos por Cristo). John é casado e tem uma filha. Em uma entrevista ao semanário “National Catholic Register”, nota-se ardente fé. Muito devoto do Santo Sacrifício da Missa, há pouco ele decidiu reimplantar uma Missa regular para jogadores e membros da equipe técnica dos Baltimore Ravensque desejem assistir. Na entrevista, ele fala sobre essa iniciativa: “A Missa me recorda que cada sacerdote hoje pode remontar sua linhagem até Jesus. Há uma sucessão ininterrupta de bispos que têm ordenado sacerdotes durante séculos, de modo que todos e cada um deles estão verdadeiramente unidos a Jesus de forma sacramental. É algo extraordinário e insubstituível que nos oferece a Igreja.” 

Sobre a passagem do Evangelho de São João (14,15) “se me amais, guardareis meus mandamentos”, Harbaugh comenta: “É uma grande explicação de como o amor e a obediência se dão a mão. Podemos dizer que amamos a Deus, mas isso só é verdade se cumprirmos os seus Mandamentos. Quando a vontade de Deus se converte no desejo de nosso coração, seus grandes planos para nossa vida se tornam realidade” 

Raramente se ouve linguagem semelhante na boca de desportistas.

2 — Matthew Robert “Matt” Birk [FOTO], com 1.92 de altura e 141 quilos, ocupou posto relevante no Baltimore Ravensaté há pouco. É licenciado em economia pela Universidade de Harvard, católico praticante e pai de sete filhos.

Também em entrevista ao “National Catholic Register”, ele dá belo testemunho de sua fé. Esteve um pouco afastado da Religião em sua juventude, até entrar na Liga Nacional do Futebol Americano e conhecer logo após sua futura esposa. Sobre ela comenta: “católica devota, ela me ajudou a ver que eu estava me equivocando ao separar-me da Igreja. […] Disso depende a vida”.

Consequente com essa fé, é ferrenho antiabortista: “Todos podemos fazer algo [para evitar um aborto]. Talvez não possas salvar mil vidas, mas a única que possas salvar já vale muito”. Para isso é necessário “a oração, que todo mundo pode e deve fazer: a oração é a base de qualquer boa ação”. “Caso se dissesse a verdade sobre o aborto, ninguém recorreria a ele”. “Ouvimos falar de ‘escolha’ e ‘direitos reprodutivos’, mas os abortistas nunca te dizem que matarão teu filho arrancando-lhe os braços e as pernas”.

Quando o Baltimore Ravens conquistou a cobiçada Super Bowl, recebeu a visita de Barack Obama. Mas Matthew não esteve presente. Por quê? Ele explica: “Eu tenho grande respeito pelo ofício de presidente, mas há cinco ou seis semanas nosso presidente fez um comentário num discurso, dizendo ‘Deus abençoe a Planned Parenthood’, que faz aproximadamente 330 mil abortos por ano. Eu sou católico e ativo no movimento pró-vida; senti que não podia consentir nisso. Não poderia endossar isso de modo algum” . 

Seu protesto foi não comparecer ao encontro. Isso é coerência!

Como não podia deixar de ser em um católico desse calibre, Matt Birk também é contra o denominado “casamento homossexual”. Ele argumenta que “o maior erro é crer que o matrimônio é o que queres que seja, e não a união de um homem e de uma mulher por toda a vida, com a intenção de educar os filhos. Isso foi assim desde que se tem memória, e é o que continua sendo hoje, pensem o que quiserem”.

Ele também constata: “Tem havido, durante décadas, um intenso ataque ao matrimônio, divórcio incluído”, algo que é “devastador para a família, em particular para as crianças, que necessitam de um pai e de uma mãe”. O que faz falta é “não fugir das responsabilidades, mas comprometer-se com o matrimônio”.

Uma atitude que, é claro, cria problemas, exige sofrimento. Por isso, ele conclui: “Jesus Cristo disse que é preciso negar-se a si mesmo, tomar a cruz, e segui-Lo. O caminho da cruz é a única via para ser um verdadeiro cristão, e realmente o único que vale a pena percorrer. Isso te ajuda a converter-te na melhor versão de ti mesmo”.

Essa bem poderia ser a linguagem de um bom sacerdote em seu sermão.

 

3 — Joseph “Joe” Wieland [FOTO], 24 anos, do Seattle Mariners, é uma estrela emergente do baseball americano. Ao dedicar-se ao esporte, começou a não levar a sério a Religião. Mas aos poucos acabou compreendendo que suas habilidades esportivas “deviam-se à bondade e à generosidade de Deus”.

Em entrevista para o mesmo “National Catholic Register”, ele afirma: “Em cada Missa acontece um milagre sobre o altar. Não o vemos com os olhos, mas o pão e o vinho se convertem no Corpo e no Sangue de Jesus.” 

Ele também se refere ao sacramento da Confissão: “Quando pecamos, e desse modo não podemos receber a Eucaristia, pois necessitamos estar em estado de graça.Por isso a confissão é tão útil. Muitas pessoas sentem-se angustiadas em procurá-la, e dela se afastam. Mas não deveríamos prestar atenção em como nos sentimos antes de ir nos confessar, mas como nos sentimos depois da confissão. Não há nada como que te digam que Jesus, pela boca do sacerdote, perdoou teus pecados. Ser sincero com o que fizeste de mal é humilhante, mas a graça que recebes em troca vale a pena. Inclusive, se não cometes pecados mortais, é um alívio livrar-te dos veniais que tenhas acumulado.”

Repetimos: isso é um atleta de fama que fala!

4 – Justin Andrew de Fratus [FOTO], 28 anos, joga no clube de basebol da Liga Americana Filadelphia Phillies. Ele deu seu testemunho com outros jogadores católicos praticantes em um DVD. Anteriormente esteve um pouco afastado da Religião, mas uma lesão, considerada por ele uma“bênção de Deus”, fê-lo ver que o que importa na vida não é ter fama, mas “Amar a Deus e cumprir a Sua vontade”.

Para Justin Andrew é uma grande alegria pertencer à Igreja, “ser parte de uma comunidade de crentes. Algumas pessoas tendem a ver a Religião como algo ‘entre Deus e eu’, e ninguém mais. Mas é necessário recordar que, quando Deus Se fez homem, fundou uma Igreja à qual deveriam pertencer todos seus seguidores”. 
 

 

Vivendo num país onde predominam os protestantes — que negam o primado de Roma —, eis o que ele considera mais importante: “A Igreja Católica foi fundada diretamente por Jesus Cristo. Como católicos, podemos traçar nossa ascendência, através dos bispos, durante séculos, até os primeiros, os Apóstolos; e depois, evidentemente, ao próprio Jesus Cristo. […] Sem uma autoridade central baseada no Papado, cada pessoa cria sua própria religião, e se multiplicam assim as denominações”.

5 — Mark Charles Teixeira [FOTO], 36 anos, também joga basebol no famoso clube dos Yankees, de Nova York. Estrela de primeira grandeza, ele conquistou cinco Luvas de Ouro e três Tacos de Prata, além de alcançar um recorde inigualável. Seu avô era português, originário da Guiana Inglesa, e ele é um dos oito filhos da família. Casou-se em 2006 e tem quatro filhos.

Os dados a seguir são de uma entrevista sua concedida a Trent Beattie, no “Catholic Lane”. Católico praticante, Mark ficou profundamente abatido pela morte de um amigo íntimo: “Quando Deus nos castiga [com o sofrimento], é a ocasião perfeita para examinar nossa consciência e ver como estamos diante de Deus. Temos então essa dita de nos confessar e receber o perdão. Esse alívio sacramental produz uma grande paz”. 

As reflexões que esse atleta faz sobre a família, também merecem ser divulgadas: “Deus te abençoa permitindo-te cooperar na criação e educação de um ser humano com uma alma imortal. É uma grande alegria, mas também uma grande responsabilidade. Por isso aprecio tanto que a Igreja seja tão pró-vida e pró-família. Encanta-me ser pai, e estou agradecido pelo que aprendi de meus pais. […] Os pais são chamados de forma especial a participar nos planos da Providência para seus filhos. Quando pensas no muito que te necessita uma criança pequena, isso te recorda o quanto tu necessitas de Deus, inclusive como adulto. As crianças são uma forma de fazer-te pensar na Providência”.

Ainda referindo-se à morte do amigo, ele acrescenta: “Um dia, estava aí; no dia seguinte, já não estava. Na vida tens muitas oportunidades de começar e voltar atrás, mas chega um ponto em que todos nós temos de deixar esta vida, e então acabaram as oportunidades [de voltar atrás]. É então que pensas na realidade do muito que devemos a Deus”.

Como ele e aquele amigo costumavam frequentar em Baltimore um instituto consagrado a São José, ele conclui: “A Santíssima Virgem e Jesus provavelmente estiveram presentes na morte de São José. É isso também o que desejaria qualquer cristão, não é?”

Que atleta brasileiro teria cogitações desse tipo a respeito da Religião?

Há outros exemplos, mas só por essas amostras se vê que os americanos levam muito mais a sério suas convicções religiosas e geralmente são bem mais instruídos em matéria de fé que seus congêneres de outros países, incluindo o Brasil. Que nos sirvam de exemplo!

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[i] http://www.religionenlibertad.com/una-buena-formacion-catolica-jugadores-de-beisbol-y-futbol-americano-que-35869.htm As outras três biografias que se seguem foram tiradas também desta fonte.

[ii] https://en.wikipedia.org/wiki/Matt_Birk

[iii] http://www.religionenlibertad.com/la-profunda-reflexion-de-una-estrella-del-beisbol-sobre-la-muerte-29790.htm

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fonte: http://blogdafamiliacatolica.blogspot.com.br/2016/08/esporte-e-religiao.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+BlogDaFamlia+(Blog+da+Fam%C3%ADlia)

Desde que o pecador se arrependa, tudo pode da Misericórdia de Deus.

Descrição de um êxtase de Santa Gemma Galgani feita pelo Padre Germano de Santo Estanislau, seu diretor espiritual e autor da sua biografia.

 

Era uma quinta-feira. A meio do jantar, Gema, pressentindo o êxtase, levantou-se da mesa, e retirou-se tranquilamente para o quarto. Pouco depois, D. Cecília, sua mãe adotiva, chamou-me; segui-a e encontrei a donzela em pleno êxtase, na ocasião em que travava com a Justiça Divina uma viva luta, cujo fim era aconversão de um pecador. Confesso que em minha vida nunca assisti a um espetáculo tão comovedor.

A extática, sentada sobre o seu pobre leito, voltava os olhos, o rosto, toda a sua pessoa para o ponto do quarto em que o Senhor se encontrava. Comovida, mas sem agitação, mostra-se resoluta, na atitude de uma pessoa que discute e que quer vencer a todo custo. Começou assim:

“Já que viestes, Jesus, pedir-Vos-ei de novo pelo meu pecador. É vosso filho e meu irmão, salvai-o, oh,  Jesus”. 

Em seguida nomeou-o.

Era um estrangeiro que ela tinha conhecido em Luca e a quem muitas vezes já, levada por uma inspiração interior, tinha advertido de viva voz e por escrito, que pusesse em ordem a sua consciência e não se contentasse com a fama de bom cristão, de que gozava entre o povo.

Ora Jesus, surdo às recomendações da sua serva, parecia decidido a trata-lo como justo juiz. Gemma continuou sem desanimar:

“Porque é que hoje não me ouvis, oh,  Jesus! Tanto fizestes por uma só alma e a esta recusais salvá-la? Salvai-a, Jesus, salvai-a! ¹[Nesta altura do êxtase Jesus deve ter-lhe dito que abandonava de uma vez esse pecador. Só assim se explica o que se segue].

“Sede bom, Jesus, não me faleis assim. Na boca de Quem é [em Si] a Misericórdia, esta palavra “Eu o abandono”, não soa bem; não deveis pronunciá-la. Vós derramastes, sem medida, o vosso sangue pelos pecadores. E agora quereis medir a quantidade dos nossos pecados? Não me ouvis? A quem hei de eu recorrer então? Derramastes o vosso sangue por ele, assim como por mim.

“Salvais-me a mim, e a ele não? Não me levantarei daqui; Salvai-o. Dizei-me que o salvais. Ofereço-me como vítima por todos, mas particularmente por ele. Prometo-Vos que nada vos hei de recusar. Dais-me? É uma alma. Pensai nisso. Jesus, é uma alma que vos custou muito. Virá a ser boa e há de corrigir-se”.

Por única resposta, o Senhor continuou a opor a Divina Justiça. E Gemma continuou também, animando-se cada vez mais:

“Eu não procuro a vossa justiça, mas a vossa misericórdia. Por quem sois Jesus, ide ter com esse pobre pecador, e dai um terno abraço ao seu coração. Vereis que ele se converte. Experimentai ao menos… Ouvi, Jesus, Vós, como dizeis, tendes multiplicado os assaltos para o ganhar, mas nunca lhe chamaste vosso filho; experimentai. Dizei-lhe que sois seu pai e que ele é vosso filho. Vereis, vereis que, a este doce nome de pai, o seu coração endurecido se há de abrandar”. 

Nesta ocasião, o Senhor, para mostrar à sua serva os motivos desta severidade, descobriu à ela, uma por uma, com as mais pequenas circunstâncias de tempo e de lugar, as faltas deste pecador, concluindo por dizer que a medida estava cheia.

A pobre menina, que repetiu em alta voz toda esta confissão, ficou espantada: os braços caíram-lhe; soltou um profundo suspiro, pareceu ter-lhe fugido toda a

Santa Gemma Galgani

esperança de vencer.

De repente dissipa-se o seu abatimento e volta à carga:

“Eu sei, eu sei, que ele vos ofendeu muito, mas não vos tenho eu ofendido mais? E não obstante, tendes usado de misericórdia para comigo. Eu sei, eu sei, Jesus, que ele vos fez chorar, mas neste momento não deveis pensar nos seus pecados, deveis sim, pensar no vosso sangue derramado. Que bondade tendes tido para comigo! Usai para com o meu pecador, eu vo-lo peço pela vossa caridade”. 

Entretanto o Senhor permanecia sempre inflexível e Gemma voltou a cair no mesmo desalento. Está em silêncio, parecendo abandonar a luta, quando de súbito brilha no seu espírito um outro motivo que lhe parece invencível.

Retoma a coragem e exclama:

“Bem, eu sou uma pecadora, não podereis encontrar ninguém pior do que eu, Vós mesmo que me dissestes. Não, não mereço, confesso-o, não mereço que me atendais. Apresento-Vos, porém, outra intercessora: é a vossa própria Mãe, que vos pede em seu favor. Ides dizer que não a vossa Mãe? Certamente a Ela não o podereis fazer. E agora dizei-me, Jesus,  que o meu pecador está salvo”. 

Desta vez alcançou vitória. O misericordioso Senhor concedeu a graça e a cena mudou-se de aspecto. Com um ar de alegria indescritível, Gemma exclamou:

“Está salvo, está salvo! Vencestes Jesus, triunfai sempre assim”.

E saiu do êxtase.

Este espetáculo, verdadeiramente admirável, tinha durado boa meia hora. Para o descrever, utilizei as próprias palavras de Gemma, recolhidas à pena na ocasião ou cuidadosamente confiadas à minha memória.Tinha-me retirado para o meu quarto, entregue a mil pensamentos, quando ouvi bater à porta. Anunciaram-me que era um indivíduo estranho. Mandei-o entrar. Lançou-se a meus pés, chorando, e pediu-me que o confessasse. Meu Deus, qual não foi a minha surpresa! Era o pecador de Gemma, convertido poucos momentos antes. Acusou-se de todas as faltas reveladas no êxtase pela serva de Deus, esquecendo somente uma, que lhe pude recordar. Consolei-o, contei-lhe a cena que acabava de se dar e obtive dele autorização de publicar estas maravilhas do Senhor.

Depois de termos nos abraçado, despedi-o.

Fonte: A Flor da Paixão  – Pe. Germano de Santo Estanislau

 

O astronauta que levou o Santíssimo Sacramento para o espaço.

 

O astronauta que levou o Santíssimo para o espaço

 

Na Estação Espacial Internacional, apesar de estar cheia de equipamentos robóticos, há um ambiente especialmente procurado.

Trata-se da “Cúpula”, um pequeno módulo com sete janelas, de onde os membros da tripulação podem apreciar espetaculares vistas panorâmicas do nosso planeta, noticiou a agência Aleteia.

O astronauta americano Michael S. Hopkins, “Mike”, coronel católico pertencente à Força Aérea, desejava ansiosamente ir à Cúpula, porque o que via lá o

Coronel e astronauta Michael S. Hopkins.

deixava maravilhado.

“Quando você vê a Terra daquela perspectiva e observa toda a beleza natural que existe, é difícil não querer ficar lá e concluir que tem que haver uma força suprema que criou tudo isso“, declarou.

E, para surpresa de muitos, em 2013, na Cúpula, Mike rezava e… comungava!

Isso porque, graças a um acordo especial com a arquidiocese de Galveston-Houston e a ajuda do Pe. James H. Kuczynski, pároco da igreja de Santa Maria Rainha em Friendswood, Texas, o astronauta, que é fiel daquela paróquia, pôde levar consigo uma píxide com seis hóstias consagradas, explicou Aleteia.

Cada uma delas estava partida em quatro pedaços, de modo que ele pudesse comungar uma vez em cada uma das 24 semanas de sua permanência na Estação Espacial Internacional.

“Era extremamente, extremamente importante para mim”, enfatiza Mike, hoje com 47 anos de idade.

O astronauta cresceu em uma área rural nos arredores de Richland, Missouri, filho de pais metodistas. Pouco antes de viajar para o espaço, após aprender o Catecismo, Mike tornou-se católico.

Sua conversão, segundo ele, foi motivada não só porque sua esposa e suas duas filhas adolescentes são católicas, mas porque “eu sentia que faltava algo na minha vida”.

Mike fez duas caminhadas espaciais para trocar uma bomba do módulo, junto com o colega Rick Mastracchio.

Antes de sair da estação, ele comungou.

“O nível de estresse nessas atividades pode ser muito alto”, continua ele, em conversa com a agência Catholic News Service. “Saber que Jesus estava lá comigo, no vazio do espaço, era importante para mim”.
Mike relata que as práticas de fé na estação espacial são comuns, especialmente entre os astronautas católicos, e que existe respeito por elas.

“Meus colegas sabiam que eu tinha a Eucaristia comigo”, reforça ele.

“Eu me coordenava com o meu comandante russo. Ele sabia o que era. Todos sabiam, mas eu não fazia alarde. Eles respeitavam a minha fé e o meu desejo de vivê-la, mesmo lá, na órbita espacial”.

A Cupula da Estacao Espacial Internacional onde o astronauta comungava

A agência Zenit comentou que as fotos do astronauta rezando naquela “capela espacial”, dentro da “cúpula” que servia de átrio tecnológico de cristal se espalharam pela rede.

O fato lembrou a muitos da Noite de Natal de 1968, quando o astronauta americano Frank Borman, a bordo da Apolo 8 em órbita em torno da Lua, leu ao vivo pela televisão o livro do Gênesis.

Em 1994, os astronautas Sid Gutiérrez, Thomas Jones y Kevin Chilton rezaram juntos no Shuttle, voando a 125 milhas por cima do Oceano Pacífico.

O astronauta Mike Massimino, no ano 2000, quis se confessar antes de partir. Além do mais, levou consigo uma bandeira da Cidade do Vaticano, a qual, de regresso à Terra, entregou ao Papa João Paulo II, reinante nesse momento.

A Sagrada Eucaristia, os Sacramentos e os símbolos católicos, em graus diversos que vão do divino ao humano, têm um valor tal que inspiraram todas as formas de devotamento imagináveis (e inimagináveis) ao longo dos séculos.

Diante dessas manifestações de fé, o que dizer dos que pretendem justificar a distribuição da Eucaristia a quem não está em condições de recebê-la, com grave profanação, sacrilégio e desrespeito?

 

fonte: http://luzesdeesperanca.blogspot.com.br/2016/07/o-astronauta-que-levou-o-santissimo.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+LuzesDeEsperana+(Luzes+de+Esperan%C3%A7a)

Clareza! O exemplo de uma médica católica no Sínodo dos Bispos 2015

A Dra. Anca-Maria Cernea, Presidente da Associação dos Médicos Católicos de Bucareste (Romênia) durante o passado Sínodo sobre a família, em outubro de 2015, apresentou ao Papa Francisco e aos bispos uma posição admirável pela clareza e fidelidade ao ensinamento da Igreja sobre a família, aplicada às complexidades das circunstâncias atuais.

A clareza!

Hoje cada vez a grei católica sofre pela falta de clarezanaquele Sínodo e pela confusão que vem suscitando aExortação Pôs-sinodal “Amoris Laetitiae” no mundo.

Eis as palavras da corajosa médica, segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé:

“Sua Santidade, Padres Sinodais, irmãos e irmãs, eu represento a Associação dos Médicos Católicos de Bucareste.Eu pertenço à Igreja Católica Greco-Romena.

Meu pai era um líder político cristão, e foi preso pelos comunistas por 17 anos. Meus pais estavam prestes a se casar, mas seu casamento

No Sínodo sobre a família 2015, a Dra. Anca-Maria Cernea
apresentou posição admirável pela clareza
que está faltando na ‘Amoris Laetitiae’

aconteceu 17 anos depois.

Minha mãe esperou todos esses anos pelo meu pai, embora ela nem sabia se ele ainda estava vivo.

Eles foram heroicamente fieis a Deus e a seu compromisso.

O exemplo deles mostra que a graça de Deus pode superar as terríveis circunstâncias sociais e pobreza material.

Nós, como médicos católicos, defendendo a vida e a família, podemos ver que isso, antes de tudo, é uma batalha espiritual.

A pobreza material e o consumismo não são a causa principal da crise da família.

A principal causa da revolução sexual e cultural é ideológica.

Nossa Senhora de Fátima disse que os erros da Rússia se espalhariam por todo o mundo.

Tudo começou sob uma forma violenta, o marxismo clássico, matando dezenas de milhões.

Agora ele está sendo feito sobretudo pelo marxismo cultural.

 

Há uma continuidade da revolução sexual de Lenin, através de Gramsci e a Escola de Frankfurt, e atualmente com os direitos gays e a ideologia do gênero.

O marxismo clássico pretendia redesenhar a sociedade, através da violenta tomada da propriedade.

Agora, a revolução é mais profunda; ela pretende redefinir a família, a identidade sexual e a natureza humana.

Essa ideologia se autodenomina progressista. Mas isso não é nada mais do que a oferta da antiga serpente, para que o homem assuma o controle, substitua a Deus, para providenciar a salvação aqui, neste mundo.

É um erro de natureza religiosa, é o Gnosticismo.

É tarefa dos pastores reconhecer isso e avisar o rebanho contra este perigo.

“Buscai, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”

A missão da Igreja é salvar almas. O mal, neste mundo, provém do pecado. Não da disparidade de renda ou “mudança climática”.

Nossa Senhora de Fátima

A solução é: Evangelização. Conversão.

Sem um crescente controle do governo. Sem um governo mundial.

Estes são hoje os principais agentes que impõem o marxismo cultural em nossas nações, sob a forma de controle populacional, saúde reprodutiva, direitos dos homossexuais, a educação de gênero, e assim por diante.

O que o mundo necessita hoje em dia não é a limitação da liberdade, mas a verdadeira liberdade, a libertação do pecado. Salvação.

Nossa Igreja foi suprimida pela ocupação soviética. Mas nenhum dos nossos 12 bispos traiu sua comunhão com o Santo Padre.

Nossa Igreja sobreviveu graças à determinação e exemplo de nossos bispos em resistir às prisões e o terror.

Nossos bispos pediram à comunidade para não seguir o mundo. Não cooperar com os comunistas.

Agora precisamos de Roma para dizer ao mundo: “Arrependam-se de seus pecados e voltem-se para Deus pois o Reino dos Céus está próximo”.

Não somente nós, leigos católicos, mas também muitos cristãos ortodoxos estão ansiosamente rezando por este Sínodo.

Porque, como dizem, se a Igreja Católica ceder ao espírito deste mundo, vai ser muito difícil para todos os outros cristãos a resistir a ele.”

A Romênia guardou a fé sob a perseguição comunista porque os bispos não se pactuaram com o mundo.
É isso o que devem fazer os Papas e os bispos hoje.
Assista o video:  https://youtu.be/CspdDBtr7So

fonte : http://luzesdeesperanca.blogspot.com.br/

Padre Manoel da Nobréga

IHS – Ad majorem Dei gloriam
             Mais um livro em nosso site.
             Temos grande admiração pelos nossos primeiros missionários em especial pelo  Padre Manoel da Nóbrega.
              Esta admiração nasceu ao estudarmos sua incansável atividade que colaborou imensamente para tornar católico este nosso imenso país. Isto se deu em especial com  sua participação na expulsão do herege francês em sua tentativa de implantar uma colônia calvinista no Rio de Janeiro. Também como superior da Ordem que está entre as primeiras a catequizar nosso silvícola.
             Ai vai nossa homenagem a este herói de nossa nacionalidade e a todos aqueles que lutaram e lutam para manter o Brasil nas vias da Civilização Cristã. Click aqui

Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo

Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo

Sergio Bertoli (*)

           O que entendemos por milagre na doutrina da Igreja Católica, Apostólica, Romana? – Trata-se de um fato, ou melhor, de um acontecimento que contraria as leis da natureza. Nosso Senhor Jesus Cristo realizou incontáveis milagres, sendo o da própria ressurreição o maior de todos, pois se não tivesse ressuscitado nossa fé seria vã.

Milagre é também um dos aspectos da vida dos Santos e uma confirmação marcante da veracidade da Igreja, que na sua sabedoria e prudência foi sempre muito cautelosa na comprovação de um milagre. Exemplo disso ocorre em Lourdes, na França, onde de 1858 até hoje houve incontáveis milagres operados, embora os reconhecidos pela Igreja ainda não cheguem a setenta.

A Igreja sempre incentivou os fieis a fortalecerem sua fé admirando e contemplando os milagres. Por exemplo, há muitos deles relativos à Presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Hóstia consagrada. Talvez o mais conhecido seja o de Lanciano, Itália. No site www.americaneedsfatima.org consta a narrativa de um milagre eucarístico relativamente recente, digna de figurar na Legende dorée ou nos Fioretti de São Francisco de Assis.

No último dia da estadia de João Paulo II aos EUA, em 1995, ele visitou em Baltimore o seminário de Santa Maria. Quis também fazer uma visita não programada à capela do Santíssimo Sacramento. Sentindo os responsáveis pela sua segurança a necessidade de uma ágil tomada de precauções, puseram-se a percorrer as salas e demais dependências com cães farejadores, utilizados em desabamentos de prédios e catástrofes naturais.

O objetivo era localizar eventuais pessoas escondidas no local com intenções escusas. Os cães esquadrinharam a Capela e nada encontraram. Farejaram também o altar do Santíssimo Sacramento, e não encontraram ninguém. Quando chegaram diante do Sacrário, pararam e olharam fixamente, como procedem quando há alguém entre os escombros.

Com os olhares fixos no Sacrário, cheiravam, grunhiam e se recusavam a sair do local, apresentando todas as características de estar ali uma pessoa escondida. Na verdade, não havia ninguém, exceto no interior do tabernáculo, onde estava realmente o verdadeiro corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os cães só se retiraram depois de receber ordens dos seus responsáveis.

Inteirei-me do acontecimento apenas agora, ou seja, 20 anos depois, apesar da rapidez sideral dos meios de comunicação de nossos dias. Com efeito, tamanha é a indiferença das pessoas de hoje em relação ao sobrenatural e à Religião, que Deus Se serviu desses cães para lhes dar uma lição de credulidade. Se estivéssemos nos tempos medievais, tal acontecimento seria certamente imortalizado em maravilhosos vitrais de várias de suas imponentes catedrais.

(*) Sergio Bertoli é jornalista e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)