“Teu modo de falar te dá a conhecer”

Continuação do artigo: Palavrão não condiz com a imagem de um bom católico, pelo padre David Francisquini.

É claro que, para os palavrões constituírem pecado, é necessário que sejam proferidos com pleno conhecimento e pleno consentimento. A raiva ou um grande aborrecimento diminuem a responsabilidade moral e a gravidade da falta, porque tornam mais difícil conter o fluxo de palavras grosseiras que vêm à mente. Mas isso não ocorre se a pessoa se habituou a jamais proferir palavrões e a usar sempre uma linguagem respeitosa e elevada.

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8 razões para abandonar os palavrões

8 razões para abandonar os palavrões

Guilherme Martins

 

Há muitas razões para se abandonar o uso de palavrões.

Usar linguagem polida é uma questão de caridade. Xingatórios e palavrões, para além da brutalidade que demonstram com relação ao próximo, ofendem a Deus.

Os palavrões são como vírus. Espalharam-se praticamente por toda parte: TV, filmes, música, livros e conversas diárias.

Como acontece com todo mau hábito, pode não ser fácil deixá-los.

Oferecemos em seguida oito razões decisivas para se abandonar o mau hábito e parar de xingar[1].

  1. Homens de verdade não xingam 

 

Homens de verdade sabem que a vulgaridade não é alimento digno para o caráter e a virtude. Portanto, não xingam.

Santa Joana d’Arc, a santa virgem heroína, perseguia com severidade os soldados que xingavam e blasfemavam.

Simon Beaucroix, nobre senhor que a seguiu em várias expedições, declarou no processo de reabilitação da santa:

Ela tinha horror dos palavrões e das blasfêmias, e repreendia com firmeza os que neles incidiam.

  1. Os xingamentos nos degradam

Uma linguagem chula, recheada de palavrões e maledicências, é algo vulgar, indecente e irreverente. O uso constante de tal linguagem nos rebaixa e mina o respeito mútuo.

Um professor, por exemplo, que utiliza termos assim impróprios em sua aula, demonstra ausência de respeito pelos alunos, falta de auto-controle, e irreverência incompatível com sua posição profissional.

Alguém poderia objetar: “alguns palavrões apenas não vão ferir ninguém, não é mesmo?”.

ERRADO!

Como dizia o autor francês Paul Bourget,

“é preciso vivermos de acordo com aquilo que pensamos; sob pena de, cedo ou tarde, acabarmos por adaptar nossa vida ao novo modo de pensar”[2].

Em outras palavras, quando usamos uma linguagem suja, abrimos a porta de nossa mentalidade para pensamentos sujos e para comportamentos coerentes com eles.

  1. O palavrão prejudica a civilização

A arte da conversação é um dos mais importantes traços da civilização.

Uma conversa elevada distingue a verdadeira civilização do barbarismo. Quando cada palavra é usada em seu lugar devido, as relações humanas tornam-se cultivadas e elevadas. Não há nada mais inspirador do que uma conversa elevada.

Os palavrões, entretanto, causam grande estrago na boa conversa. Eles atiram as relações humanas à lama da vulgaridade e da banalidade. São, por isso, rudes e brutalizantes.

São Francisco de Sales nos ensina como lidar com alguém de boca suja:

“Mostre-lhe seu desagrado, dando-lhe as costas, ou por qualquer outro método que sua discrição lhe indique”.

  1. O palavrão nos torna insensíveis

Quanto mais ouvimos palavras chulas, mais nos vamos acostumando a elas.

Quando os filmes começaram a introduzir os palavrões, muitas pessoas não gostaram. Porém, depois de certo tempo, a resistência foi diminuindo.

A rejeição aos xingatórios foi baixando a guarda, e com o passar do tempo o próprio senso de bem e mal foi se apagando.

Sempre que deixamos de rejeitar explicitamente algo que é errado, implicitamente tendemos a aceitá-lo. Em consequência, o inaceitável se torna aceitável. E a barreira da decência desfaz-se mais e mais.

  1. O palavrão semeia o mal exemplo

Para o bem ou para o mal, o exemplo que damos através de nosso modo de falar é notado e imitado. As palavras que usamos causam um impacto em nossos próximos. Nosso exemplo tem caráter educativo.

As palavras que usamos educam. Estamos constantemente imitando ou sendo imitados. Esse intercâmbio de influência tem ainda maior peso sobre as crianças.

As ‘estrelas’ de Hollywood, ou os youtubers mais ‘badalados’ pela mídia, produzem um fluxo constante de lixo verbal cujo objetivo é louvar e normalizar a linguagem vulgar.

Se queremos reerguer nossa cultura da lama, um bom começo é parar de xingar.

  1. Os palavrões multiplicam a pobreza verbal e mental

Nossa língua, com mais de 400.000 vocábulos, é incrivelmente rica. Palavras de todo tipo e alcance estão a nossa disposição para nos ajudar a formatar ideias cheias de sentido e propósito.

Nosso vocabulário, porém, está se degradando. Até mesmo nos meios cultos, estudantes universitários usam frequentemente o mesmo palavrão para descrever alegria, raiva, surpresa, acordo ou desacordo.

Como resultado, a fala se torna sem sentido. E a mente – aspecto o mais nobre no homem – se empobrece.

Como diz um ditado irlandês: “Os palavrões são a ignorância tornada audível”.

  1. A linguagem chula é conatural com o pecado

As paixões desordenadas do homem acolhem satisfeitas a vulgaridade. Indivíduos ímpios, quando confrontados ou desafiados, frequentemente se saem com a mesma resposta: palavrões e insultos vulgares.

Essa é a linguagem dos movimentos que promovem o pecado!

  1. O palavrão não é agradável a Deus

As Sagradas Escrituras enfrentam com clareza o problema da linguagem obscena e vulgar:

Eu vos digo: no dia do juízo os homens prestarão contas de toda palavra vã que tiverem proferido. É por tuas palavras que serás justificado ou condenado (Mt 12, 36-37).

Lemos no Livro dos Provérbios:

A boca do justo produz sabedoria, mas a língua perversa será arrancada. Os lábios do justo sabem dizer o que é agradável; a boca dos maus, o que é mau (Pr. 10, 31-32).

E o Eclesiástico acrescenta:

Muitos homens morreram a fio de espada, mas não tantos quantos os que pereceram por causa da língua (Eclo. 28,22).

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[1] Tradução e adaptação deste original.

[2] Frase original: “Il faut vivre comme on pense, sinon, tôt ou tard, on finit par penser comme on a vécu”. Disponível aqui, à página 375.

Ex-satanista: “Eu realizava rituais satânicos em clínicas de aborto”

              Ele começou a praticar magia aos 10 anos de idade, se juntou a uma seita satânica aos 13 e tinha quebrado todos os 10 Mandamentos aos 15 anos. Desde sua adolescência até a idade adulta, ele se esforçou para chegar até a categoria de “Sumo Sacerdote” na seita e era um ativo divulgador do satanismo, incluindo abortos ritualísticos. 

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Descrição física e moral de Nossa Senhora por ocasião da Encarnação do Verbo.

Estava a divina Senhora, nesta ocasião, com 14 anos, 6 meses, e 17 dias. A pessoa de Maria Santíssima era bem disposta, e de mais altura que a comum, naquela idade, em outras mulheres; porém, muito elegante de corpo, talhado com suma proporção e perfeição. O rosto era mais comprido que redondo, mas gracioso, e nem magro e nem volumoso; a cor clara, e um tanto morena, a fronte espaçosa com proporção, as sobrancelhas em arco e perfeitíssimas, os olhos grande e graves, com incrível e indizível formosura, e columbino agrado, de cor entre negro e verde escuro, o nariz reto e perfeito, a boca pequena, e os lábios vermelhos, nem demasiado finos nem grossos.

Toda Ela, com estes dons da natureza, era tão proporcionada e formosa como nenhuma outra criatura humana o foi tanto.

O olhá-la causava, ao mesmo tempo, alegria e reverência, afeição e temor reverencial. Atraia o coração e detinha-o, com suave veneração. Impelia para louvá-La, mas emudecia sua grandeza, muitas graças e perfeições. Causava em todos os que a observavam divinos efeitos que não podem facilmente explicar-se, porém enchia os corações de celestiais influxos e movimentos divinos que encaminhavam a Deus.

Sua vestidura era humilde, pobre e limpa, de cor prateada, tirante a cinza, composta e alinhada sem vaidade, porém com suma modéstia e honestidade…..puríssima na alma, perfeítíssima no corpo, nobilíssima nos pensamentos, eminentíssima na santidade, plena de graças, e toda divinizada e agradável aos olhos de Deus.